Carro 100% elétrico no museu? Descubra o motivo

Redação

junho 12, 2025

Quando acabar a luz, o maluco sou eu! Não, não é bem assim, afinal, se já existe carro 100% elétrico no museu, é sinal de que a eletricidade é coisa do passado e do futuro.

Porém, acredite você ou não, vale lembrar que os primeiros carros eram movidos a energia elétrica. Isso mesmo, usavam baterias pesadas e geravam uma potência baixinha.

Ou seja, esses detalhes, somados aos custos, diante do preço do combustível, da época, acabaram tirando a ideia do elétrico individual da pauta.

Carros elétricos são raras peças de museu

Porém, se antes de 1900, a bola da vez era dos elétricos, hoje, mais de cem anos depois, quem manda são eles novamente. A sorte deles é que pegaram uma geração mais preocupada com o ambiente e com a existência de novas fontes.

Ou seja, são as seguintes: Biometano, hidrogênio, etanol, entre outros que estão em desenvolvimento.

Campos do Jordão guarda um Gurgel 100% Elétrico

Portanto, cravado na beleza natural da cidade turística está um museu de automóveis. Logo, denominando de CARDE, Carro, Arte, Design e Educação, o museu traz uma forma única de contar os fatos históricos por meio de automóveis.

Cada ambiente foi montado a partir de um detalhado estudo histórico para somar referências de época. Há obras de Candido Portinari, Di Cavalcanti, entre outros.

*Sala Gurgel é um dos destaques de Campos de Jordão (SP)*

A partir de uma visão inédita, no térreo, há nove salas temáticas, entre elas, a de Carros Governamentais, da História do Automobilismo Brasileiro e de Visionários Brasileiros, incluindo João do Amaral Gurgel e seus carros revolucionários para a época.

Itaipu E400 tinha autonomia de 100 km

Entre eles, o Itaipu E400, 100% elétrico, que começou a ser produzido em 1981. As primeiras unidades foram entregues às estatais, como Telebras, Telerj, Telesp, Cesp, Banespa, entre outros.

O motor elétrico, nacional, era das Indústrias Villares, a mesma da dos elevadores e escadas rolantes. Gerava 10 kW de potência (13,5 cv) para um veículo que pesava 1,4 tonelada. Já a carga útil era de 400 quilos. Um PTB máximo de quase duas toneladas.

Chassi de treliças suportava pesadas baterias

Com uma velocidade média de 60 km/h, o chassi era de treliças, revestidas com plástico reforçado com fibra de vidro. Projeto resistente para suportar duas gigantes baterias de chumbo-ácido, iguais às usadas por empilhadeiras.

Ambas parrudas e com 40V cada, exigiam 8 horas para chegar a carga completa. Consumo médio de 36 kWh/100km e autonomia de 80 km.

Outro senão que atravancou o crescimento dos elétricos de Gurgel foram os ciclos das baterias de chumbo. Ou seja, apenas 800 vezes. Tornando o projeto inviável.

Enfim, em 1983, chegou o E500, 120 km de autonomia e 500 quilos de carga. Porém, foi quando o negócio começou a decolar, que surgiu a linha final. Recessão e valores inviáveis diante de um simples automóvel a combustão.

Para ver o Itaipu E-400, visite o Museu CARDE

Fechado: terças e quartas-feiras

Ingressos: R$ 160,00 (entrada inteira) e R$ 80,00 (meia entrada)

Endereço: Rua Benedito Olímpio Miranda, 280, Alto da Boa Vista,

Campos do Jordão – SP, CEP: 12.472-610

Site: www.carde.org

E-mail: [email protected]

Instagram: @carde.museu

Telefone: (12) 3512-3547

Tesla Cybertruck está em exposição em São Roque

Outro museu, o Complexo Dream Car de São Roque, está exibindo um Tesla Cybertruck. O modelo exposto foi fabricado em 2024 e adquirido zero-quilômetro por um importador independente.

Avaliado em cerca de R$ 1,5 milhão no Brasil, o Tesla tem três motores elétricos que, juntos, geram 857 cv e 103,6 kgfm, permitindo aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 2,6 segundos.

Com capacidade para 5 pessoas, o Tesla tem tração 4×4 e modo off-road, que eleva a altura em relação ao solo de 20,1 cm para 40,6 cm, facilitando a transposição de obstáculos.

Nome de caminhão e tamanho de picape

O Cybertruck foi lançado mundialmente em novembro de 2019. À primeira vista, chama a atenção dos visitantes o seu visual futurista, composto por linhas retas e faróis LED Matrix de longo alcance.

A carroceria é feita em aço de alta resistência, mesmo material utilizado na nave espacial SpaceX, e os vidros são blindados.

O porte é imponente, equivalente ao de uma picape grande: são 5,68 m de comprimento (apenas 22 cm a menos que a Ford F-150), 3,44 m de entre-eixos, 2,20 m de largura (medida que, com espelhos abertos, totaliza 2,41 m) e 1,79 m de altura. A capacidade de carga é de 1.587 kg, enquanto a de reboque é de 4.990 kg. O peso total do veículo é de 3.100 kg.

*Cybertruck no Complexo Dream Car em São Roque, em São Paulo*

Modelo da Tesla tem autonomia de mais de 500 km

Ou seja, muito desse total refere-se às baterias (123 kWh), responsáveis por uma autonomia de 515 km. O eixo traseiro esterçante facilita bastante a vida do motorista: apesar do seu tamanho, o Cybertruck manobra como um carro de passeio.