Hoje é Dia de De Volta para o Futuro. Entenda a celebração

Hoje é Dia de De Volta para o Futuro. Entenda a celebração

Hoje, 21 de outubro, os fãs celebram o “Dia de De Volta para o Futuro”, data que marca a viagem de Marty McFly (Michael J. Fox) e do Dr. Emmett Brown (Christopher Lloyd) para o futuro no segundo filme da trilogia, De Volta para o Futuro II, lançado em 1989.

Na história, eles saem de 1985 e vão para 21 de outubro de 2015, para impedir que o filho de Marty se meta em encrenca. A cena em que o DeLorean voador pousa no futuro marcou tanto o público que a data acabou se tornando um ícone da cultura pop.

Por isso, fãs do mundo todo lembram 21 de outubro como o “Back to the Future Day”, uma homenagem à franquia e uma maneira divertida de comparar o futuro imaginado no filme com o mundo real de hoje.

O que do De Volta para o Futuro se tornou realidade?

Entre os acertos mais notáveis estão as videochamadas, hoje comuns em aplicativos como Zoom, Teams e WhatsApp. O filme também antecipou telas planas gigantes, pagamentos digitais, drones e até óculos inteligentes, similares aos de realidade aumentada.

Outro acerto marcante foi a ideia de carros elétricos e autônomos, uma visão ousada para os anos 1980. Embora não voem como o DeLorean, os veículos com piloto automático e propulsão elétrica já circulam pelas ruas.

Até o icônico tênis que se ajusta sozinho ao pé, usado por Marty, inspirou a Nike a lançar, em 2016, uma edição limitada do Nike Mag, com sistema de amarração automática.

Nike Mag ‘Back To The Future’: Imortalizado no filme ‘De Volta para o Futuro II’, de 1989, o Nike Mag foi finalmente lançado ao público em setembro de 2011. Embora o tênis não tenha o recurso de amarração automática, ele é um tênis Nike eletroluminescente. Nike produziu apenas 1.500 pares em 2011 e os lançou em leilões beneficentes, destinando toda a arrecadação à Fundação Michael J. Fox, que financia pesquisas para a cura do mal de Parkinson.

O que do De Volta para o Futuro ainda não aconteceu?

Alguns elementos continuam apenas no campo da ficção. Carros voadores e hoverboards reais continuam em fase de protótipo, e as jaquetas automáticas seguem no imaginário. E, claro, as viagens no tempo permanecem como o maior mistério da física. Vale dizer que por mais de três décadas depois, De Volta para o Futuro segue inspirando gerações e mostrando que a imaginação pode antecipar tecnologias. Parte das previsões se concretizou de forma diferente do que o filme mostrava, mas o espírito inventivo permanece.

Como diria o Dr. Brown: “O futuro ainda não está escrito. O de ninguém está. O que importa é que você pode fazer o seu próprio futuro, um bom futuro.”

Um carro que tinha de ser do De Volta para o Futuro

DMC-12 foi lançado em 1981 e chamava atenção por seu visual ousado e atemporal. Usava carroceria em aço inoxidável escovado, sem pintura, portas asa de gaivota, que se abriam para cima, chassi de fibra de vidro montado sobre uma estrutura de aço e motor V6 de 130 cv
DeLorean lançou o DMC-12 em 1981, com carroceria em aço inoxidável escovado sem pintura, portas asa de gaivota que se abriam para cima, chassi de fibra de vidro sobre estrutura de aço e motor V6 de 130 cv

Entre todas as invenções malucas do cinema, poucas são tão lendárias quanto o DeLorean DMC-12, transformado em máquina do tempo. O segredo da viagem temporal estava no misterioso “capacitor de fluxo” (flux capacitor), o dispositivo que, segundo o doutor, “torna as viagens no tempo possíveis”.

Conforme a ficção, o capacitor de fluxo é o núcleo que permite romper a barreira temporal. Ele armazena e libera uma quantidade colossal de energia elétrica, 1,21 gigawatts, exatamente no momento em que o DeLorean atinge 88 mph (equivalente a 140 km/h). A partir daí, o carro cria uma distorção no espaço-tempo, abrindo um portal para o passado ou o futuro, dependendo da data configurada no painel.

Mas de onde chegava a energia para mover o DeLoren?

No primeiro filme, o DeLorean usava um reator nuclear portátil alimentado por plutônio, um material radioativo que libera grandes quantidades de energia por meio da fissão nuclear.

Na prática, o reator converte a energia do plutônio em eletricidade suficiente para carregar o capacitor de fluxo e realizar o salto temporal. É, claro, uma ideia puramente ficcional, mas inspirada nos princípios reais da energia nuclear. No segundo filme, o cientista troca o perigoso plutônio por uma solução mais ecológica: o “Mr. Fusion”, um pequeno gerador de fusão que transforma lixo doméstico em energia limpa.

GM disse não ao De Volta para o Futuro

Quando começaram a criar a trilogia, os produtores convidaram várias montadoras americanas a participar do filme. Porém, nenhuma aceitou o projeto visionário. Sem muito ter o que fazer, os produtores entraram em comum acordo com outro visionário. Um detalhe interessante é que apesar de a GM ter pulado fora do filme, muito dela está no filme.

O DeLorean DMC-12, por exemplo, foi o único modelo produzido pela DeLorean Motor Company (DMC), fundada em 1975 por John DeLorean, um ex-executivo da General Motors que sonhava em criar o “carro esportivo americano perfeito”. Ele tentou emplacar o projeto na GM, mas como não deu certo, fez por conta e o intitulou de DMC, fazendo um trocadilho com a marca GMC.

Decidido a fazer o melhor carro do mundo, John não economizou. Chamou o projetista Giorgetto Giugiaro para desenhar o carro, o mesmo que assinou por clássicos como Maserati Bora, Lotus Esprit, Fiat Uno, entre outros.

O DMC-12 foi lançado em 1981 e chamava atenção por seu visual ousado e atemporal. Usava carroceria em aço inoxidável escovado, sem pintura, portas asa de gaivota, que se abriam para cima, chassi de fibra de vidro montado sobre uma estrutura de aço e motor V6 de 130 cv.

Produção fora da realidade e má administração

Entre 1981 e 1983, apenas cerca de 9 mil unidades foram produzidas antes da falência da DMC. A linha de produção do carro foi montada na Irlanda do Norte, por conta de incentivos do governo britânico. Aqui vale destacar que John enfrentou boicotes na América das outras montadoras e do governo dos EUA.

No entanto, problemas de gestão, custos altos, atrasos na produção e na qualidade tornaram o projeto um fiasco e de forma rápida. O preço original era de US$ 25 mil, o que equivaleria a mais de US$ 80 mil atuais, ou seja, um carro caro demais para o desempenho que entregava.

Da ruína para as telas de sucesso do cinema

O destino do DeLorean DMC-12 mudou completamente em 1985, quando o carro foi escolhido pelos cineastas Robert Zemeckis e Bob Gale para ser a máquina do tempo. Segundo os criadores, o carro tinha um visual “cientificamente incrível e absurdamente futurista”, ideal para uma máquina do tempo.

Outra realidade é que o carro estava em baixa se comparado com outros esportivos americanos mais procurados. No próprio primeiro filme, Marty McFly zomba da marca e do automóvel ao perguntar para o professor o porquê um DeLorean DMC.

Depois disso, o DMC-12 se tornou um símbolo cultural, amado por fãs e colecionadores, mesmo tendo sido um fracasso de vendas na realidade. Hoje, a DeLorean tem uma espécie de estúdio de design, com produção artesanal. Também tem um espaço dedicado ao DMC-12.

 

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