A Itaipu Binacional e o Itaipu Parquetec apresentaram o primeiro barco 100% movido a hidrogênio verde do Brasil. A primeira navegação ocorreu no reservatório da Itaipu, junto à barragem.
Segundo o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, o projeto une duas vertentes importantes da atuação da empresa: a inovação e a responsabilidade socioambiental.
“A inovação tecnológica é uma grande marca de Itaipu nos seus mais de 50 anos. E, com esse barco, temos algo que o mundo inteiro está buscando, que é um meio de transporte que não polui e que, em Belém, vai ajudar os trabalhadores e trabalhadoras que atuam com material reciclável”, afirmou Verri.
Quando a embarcação movida a hidrogênio verde chega em Belém?
A entrega oficial da embarcação acontecerá durante a COP30, em Belém. O projeto faz parte de um conjunto de iniciativas da Itaipu com a ONU.
“Este projeto que será apresentado na COP demonstra a capacidade da Itaipu de contribuir com novas tecnologias para o enfrentamento da mudança climática, especialmente no que diz respeito à transição energética, necessária para frear as emissões de gases de efeito estufa”, completou o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni.
Além de obras estruturantes em Belém, a Itaipu tem uma parceria com a prefeitura municipal e com a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), da Universidade Federal do Pará (UFPA).
O barco ficará sob responsabilidade da Fadesp, que irá monitorar tanto seu uso na coleta seletiva quanto o abastecimento com hidrogênio verde.
A embarcação foi desenvolvida aproveitando a experiência de mais de 10 anos da produção de hidrogênio verde no Itaipu Parquetec. Com 1,5 ton e capacidade de carga de 9 ton, o barco é de alumínio, com 9,5 m de comprimento por 3 m de largura. Conta com um sistema fotovoltaico integrado complementar. A embarcação não emite ruídos nem poluentes. O único resíduo do motor a hidrogênio é água pura.

Para o diretor superintendente do Itaipu Parquetec, Irineu Colombo, o barco reflete o papel do parque de reunir diversas frentes de pesquisa aplicada em um ecossistema inovador, voltado à promoção da sustentabilidade. “É uma tecnologia que alguns países já estão desenvolvendo e nós temos condições de ajudar o Brasil a acelerar seu uso em barcos, caminhões, ônibus e até aviões”, garantiu.