Trilhos abandonados servem de suporte aos painéis solares. Trata-se de mais uma Revolução Francesa que transforma o que está parado em energia.
Ou seja, a França está transformando trilhos ferroviários abandonados em fontes de energia limpa. A ideia é instalar 1.000 MWp de capacidade fotovoltaica, até 2030.
Logo, a quantidade vai suprir a demanda energética da rede ferroviária, onde 80% dos trens são movidos a eletricidade.
O país conta com mais de 32.000 km de trilhos desativados.
Projeto de trilhos abandonados com painéis solares
Batizado de “caminho do sol”, o sistema visa aproveitar o potencial solar em trilhos desativados, mantendo uma baixa pegada ambiental.
A tecnologia permite a geração temporária de energia solar sem a necessidade de fundações, ou seja, utilizando componentes modulares e leves.
O Projeto Solveig já iniciou testes no centro técnico de Achères, Norte da França, onde instalaram oito painéis solares nos trilhos.
Viabilidade e facilidade de instalação
Os equipamentos foram fixados sobre os trilhos e conectados a contêineres modulares que armazenam a energia, permitindo a realocação conforme a demanda.
A instalação dos painéis não exige obras complexas, pois um braço mecânico os posiciona e fixa de maneira segura, garantindo resistência ao vento e facilitando a remoção, caso necessário.
Se os testes confirmarem a viabilidade da tecnologia, o sistema vai se expandir para toda a rede ferroviária ativa e desativada, potencializando ainda mais a geração de energia renovável.
Painéis solares no lugar de locomotivas
Essa abordagem inovadora minimiza o impacto visual, comum em grandes projetos solares que ocupam vastas áreas de terra.
Com essa estratégia, a França busca não só aumentar sua produção de energia limpa, mas também transformar espaços inutilizados em ativos valiosos para a transição energética global.
O Projeto Solveig demonstra como o reaproveitamento de trilhos abandonados pode oferecer soluções sustentáveis e eficientes para os desafios energéticos atuais, abrindo caminho para novas tendências no setor de energia renovável e posicionando a França como uma futura potência no segmento.