Qual relação do Marco Legal do Saneamento com a energia?

Qual a relação do Marco Legal do Saneamento com o setor energético? A resposta parece simples, mas não é. O Novo Marco Legal do Saneamento tem relação com o setor energético por vários motivos.

Um deles está na sustentabilidade e o outro na oportunidade de negócios intersetoriais. Ou seja, na geração de energia a partir de resíduos, formando biogás e biometano, entre outros.

O marco estimula concessões e investimentos privados, o que abre espaço para projetos de geração distribuída, onde o saneamento pode gerar a energia.

Marco Legal do Saneamento gera crescimento exponencial de negócios de controle de qualidade

Os últimos cinco anos registraram duas vezes mais contratações por conta do Marco Legal do Saneamento Básico no Brasil.

Além da abertura do setor, a nova legislação passou a exigir maior rigidez no gerenciamento dos padrões da água potável e tratamento de esgoto.

Essas condições permitiram um aquecimento inédito na busca por aparelhos que medem níveis de turbidez.

Entre os itens estão: pH, quantidades de coliformes, flúor, amônia, nitrato, nitrito e outros parâmetros químicos, oxigênio, sólidos suspensos, temperatura, entre outros.

Quais são as metas para o futuro do saneamento?

O Marco Legal tem a meta que o país alcance cobertura de 99% no atendimento em água potável e de 90% em esgotamento sanitário até 2033.

Conforme a ABCON SINDCON (Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto), desde 2020 já foram realizados 45 leilões em todas as regiões do país, com R$ 103,9 bilhões de investimentos.

Segmento de análises já sente o impacto do Marco Legal

A empresa brasileira Pensalab, uma das líderes nacionais em instrumentação analítica, revela crescimento no volume de negócios.

Algo em torno de 91% se comparando o período pós entrada em vigor do Marco Legal do Saneamento (2019 a 2024), em relação aos resultados obtidos pela empresa nos 15 anos anteriores à existência do projeto (2004 a 2019).

“Isto significa que nos últimos quatro anos nós fizemos praticamente o dobro da quantidade de negócios que havíamos feito durante os 15 anos anteriores”, afirma o Gerente de Aplicação e Produtos da Pensalab, Rafael Cares.

Controle de qualidade exige uma boa parte do orçamento

Ele explica que a construção de cada nova estação de tratamento de água e esgoto exige a destinação de um percentual entre 2% e 3% do investimento total da obra para as questões relacionadas ao controle de qualidade e instrumentação analítica.

“Existem plantas funcionando à base de equipamentos manuais com tecnologia obsoleta. Este tipo de situação não está sendo mais permitida pelo Marco Legal e então surgem oportunidades para fornecermos nossos produtos e serviços de diversas maneiras”, afirmou.

“Hoje a informação não alimenta mais apenas a decisão do operador. Ela nutre um grande banco de dados que fica disponível em salas de controle que entendem esses dados e emitem sinais elétricos para que a planta tome decisões como, por exemplo, parar de adicionar alguma quantidade de composto químico ou dar sequência no tratamento”, explica.

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