Qual o vilão do clima: metano (CH₄) ou dióxido de carbono (CO₂)? Pesquisa mostra que 90% dos brasileiros apoiam a redução do metano e até descartam o carbono. O Brasil é o maior emissor da América Latina e supera facilmente a média mundial, que é de 82%.
Ou seja, a pesquisa divulgada recentemente mostra que 90% dos brasileiros apoiam ações para reduzir a poluição por meio do metano no país.
O estudo foi encomendado pela Global Methane Hub, iniciativa que reúne filantropos, especialistas, organizações sem fins lucrativos e governamentais.
Brasil apoia a redução de metano
A pesquisa também mostrou que mais da metade dos entrevistados brasileiros (53%) disseram ter familiaridade com o metano. Portanto, cerca de quatro em cada cinco pessoas afirmaram apoiar uma medida política para exigir captura e uso da poluição.
Conforme o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (SEEG), o Brasil é o quinto maior emissor de metano do mundo. A agropecuária é responsável pela maior parte, sendo o gado de corte a principal fonte do setor.
Quem prejudica mais: metano (CH₄) ou dióxido de carbono (CO₂)?
As emissões de metano CH₄ tem impacto alto no aquecimento global. As moléculas, segundo o SEEG, têm vida útil mais curta na atmosfera (entre 10 e 20 anos), mas são 28 vezes mais potentes do que as de gás carbônico em um período de 100 anos.
Para o coordenador do SEEG, David Tsai, limitar o metano na atmosfera pode oferecer resultados mais rápidos em comparação com o CO₂: reduzi-lo em 45% diminuiria o aquecimento em 0,3 ºC até 2040.
Apesar de o Brasil ter assinado o Global Methane Pledge em 2021, um acordo voluntário internacional para reduzir as emissões de metano em 30% até 2030, os números aumentaram em 6% nos últimos três anos.