Mobilidade elétrica sobre duas rodas avança no país

Todo ano, em São Paulo, acontece o Festival Interlagos Motos. Com isso, na edição desse ano, além da adesão de todas as marcas do país, comprovou-se que a mobilidade elétrica sobre duas rodas avança no país.

Entre os destaques do evento estava a Yadea, marca global de motos elétricas, que desde abril vem fabricando na Zona Franca de Manaus.

Motos, scooters e os patinetes elétricos avançam

Segundo He Dongsheng, diretor-geral de marketing da marca para a América do Sul, a apresentação dos novos modelos reafirma o compromisso no Brasil.

“Escolher o Brasil como mercado de lançamento desses modelos demonstra nosso compromisso em oferecer soluções de mobilidade mais inteligentes, seguras e sustentáveis no país”, afirmou Dongsheng.

Quanto vale o show?

O modelo Owin não requer CNH para pilotar e nem precisa ser emplacado. Tem preço sugerido de R$ 13.900. Já o modelo Yadea Keeness tem valor de R$ 28.900.

Logo, o modelo mais caro, por exemplo, tem desempenho equivalente a uma moto de 125 cm³. O motor de 11 kW atinge 100 km/h, acelerando de 0 a 50 km/h em apenas 3 segundos.

Outra marca elétrica recém-chegada ao mercado brasileiro, a Aima, também chinesa, revelou quatro scooters: Mini Kuyan, Bliss Q601, Tiger X6 Pro e A7.

Vantagens estão no não emplacamento

Com chassi leve e 300 Nm, a moto usa duas baterias de lítio de 72V 32Ah que garantem autonomia de 129 km, eliminando a necessidade de recargas frequentes.

Uma das vantagens deste modelo é que ele pode ser conduzido por não-habilitados, em acordo com a legislação brasileira, além de não precisar ser emplacado.

Veja uma lista com outras motos elétricas:

1. Aima Tiger S5
2. JET 1000w
3. Chopper 3.000w
4. 2000w Importway

Motos elétricas também precisam de pneus

Entre os inúmeros estandes do evento, estava a Mitas, marca de pneus para clientes do segmento agrícola, de movimentação de materiais, construção e de duas rodas e com décadas de tradição.

Alexandre Botti, Gerente Regional de Vendas para a América Latina explicou que:  “ENDURO TRAIL- ADV 2, juntamente com as novas medidas da linha de pneus SPORT FORCE+, são os grandes destaques da Mitas para esta edição. Estávamos ansiosos para reencontrar essa vibrante comunidade de motociclistas apaixonados e mostrar como a Mitas pode levar a experiência de pilotagem a um novo patamar.”

A volta dos patinetes de locação no Brasil: o que mudou desde o fracasso inicial

Após um início promissor seguido de uma rápida retirada das ruas brasileiras, os patinetes elétricos de locação voltaram. Ou seja, o que antes foi símbolo de inovação apressada, hoje ressurge como estratégia de mobilidade urbana.

Agora, empresas como a Ride retomaram a oferta de patinetes compartilhados com um novo modelo de negócios: mais enxuto, com foco em eficiência operacional e integração com o transporte público.

A frota atual é menor e está concentrada em regiões específicas da cidade, com o uso de geofencing, tecnologia que limita a área onde os veículos podem circular ou ser estacionados.

Diferente do cenário caótico do passado, os novos patinetes agora contam com estações físicas ou pontos de retirada e devolução previamente definidos, o que evita o abandono em calçadas e melhora a organização do espaço urbano.

Outro fator que impulsiona a volta dos patinetes é o avanço tecnológico. Os modelos atuais são mais resistentes ao uso intenso e ao vandalismo, com sistemas de rastreamento por GPS, travamento remoto e baterias de maior autonomia.

Por que os primeiros fracassaram

Entre 2018 e 2020, empresas como Grin, Yellow e Lime tentaram dominar o mercado brasileiro com uma expansão agressiva. Porém, os erros foram muitos.

Sem regras claras nem infraestrutura adequada, milhares de patinetes foram espalhados pelas ruas sem pontos fixos, o que resultou em calçadas obstruídas, vandalismo frequente, acidentes e conflitos entre pedestres, ciclistas e motoristas.

Além disso, o modelo de negócios era insustentável: o custo com logística, recarga, manutenção e reposição superava a receita obtida com as corridas. O valor das viagens era baixo e a rotatividade não compensava os altos investimentos.

Com regulamentação eficiente, tecnologia aprimorada e modelos operacionais mais sustentáveis, os patinetes de locação voltam a ser uma opção viável para um deslocamento mais limpo, ágil e acessível.

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