Importância da embalagem no transporte dos módulos fotovoltaicos. Ou seja, a crescente demanda por energia alternativa está exigindo novos desafios logísticos.
Na semana passada, mostramos o Radia Windrunner, avião dos EUA para levar pás de geradores eólicos, e anteriormente destacamos como os transformadores chegaram ao Pernambuco.
Importância da embalagem no transporte dos módulos fotovoltaicos
Ou seja, cada vez mais, o volume necessário para manter o mercado em alta tem o transporte como gargalo. Pensando assim, a Adias Sol.Ar desenvolveu um kit para levar fotovoltaicos.
Trata-se de uma solução que surgiu da escuta ativa ao mercado e do compromisso da empresa em entregar equipamentos de forma segura, eficiente e padronizada.
Rodolfo Mistieri, diretor de operações da Adias Sol.Ar., disse que “a iniciativa nasceu da identificação de uma lacuna relevante no mercado brasileiro: a falta de soluções especializadas para o transporte de produtos fotovoltaicos.”
Portanto, a companhia notou que equipamentos sofriam falhas de fabricação, mas não por conta da produção, e sim pelo transporte inadequado.

Como criaram a embalagem do kit dos módulos fotovoltaicos?
O projeto do kit priorizou equilíbrio, robustez e leveza, garantindo máxima proteção aos componentes, especialmente aos módulos e inversores, sem comprometer a praticidade no transporte nem a eficiência no armazenamento.
Para os painéis, os itens mais sensíveis, desenvolveram suportes específicos e proteções que evitam atritos, absorvem impactos e reduzem o risco de avarias.
Já para os inversores e estruturas metálicas, criaram compartimentos internos reforçados, equipados com travas e divisórias para evitar deslocamentos durante o transporte.
O “X” questão da embalagem
Um dos avanços mais recentes nesse novo modelo de kit foi a adoção do arqueamento em X, uma técnica de amarração transversal que aumenta significativamente a estabilidade da carga, reduzindo o risco de movimentações laterais e garantindo maior fixação.
A BYD fez, recentemente, um road test de 2,3 mil km para comprovar a importância do uso de embalagens resistentes no transporte de módulos fotovoltaicos.

BYD colocou módulos para rodar em situação real
Durante a avaliação, foi constatado que 6% dos módulos transportados em condições não recomendadas e em embalagens comuns apresentaram microfissuras.
O percurso escolhido pela fabricante chinesa contava como péssimas condições de rolamento, passando por estradas de difícil acesso, com pavimentação deficiente ou até inexistente.
Microfissuras invisíveis surgiram
Para se ter ideia, essas microfissuras, invisíveis a olho nu, podem ser identificadas apenas por um teste de eletroluminescência, feito no laboratório da empresa em Campinas (SP).
Para evitar, por exemplo, que esse tipo de microfissura apareça após longos deslocamentos e gere problemas, a BYD Energy conta com a embalagem mais robusta do mercado de energia solar.
As utilizadas pela BYD Energy, por exemplo, possuem o dobro de espessura que o mercado. Ou seja, gera uma resistência de 34 kgf.cm, contra 15 kgf.cm usado por outras marcas. Portanto, vale verificar as condições que o modulo foi armazenado e como ele vai chegar ao destino de instação. Vale ficar atento