Empresas de energia com fontes renováveis valorizaram em torno de 25%, aponta levantamento global da PwC. O estudo ainda revela que a matriz limpa impulsiona a valorização no setor. No Brasil, por exemplo, o crescimento médio das empresas de energia foi de 20% nos últimos quatro anos.
A comparação foi feita partindo de empresas com fontes renováveis, que se valorizaram 25% a mais do que aquelas que mantiveram uma matriz energética tradicional.
Empresas de energia com fontes renováveis valem até 25% a mais
O estudo “Industry Insights Energy & Utilities”, da Strategy&, consultoria estratégica da PwC, viu mais de 3 mil companhias em todo o mundo, incluindo o Brasil.
O levantamento mostra que, entre 2018 e 2022, as empresas de energia no Brasil registraram valorização média de 20%, acompanhando a tendência global pós-pandemia.
No país, o setor elétrico representou 72% da amostra pesquisada, índice bem acima da média global de 43%.
Veja o que diz o estudo de empresas de energia
Adriano Correia, sócio e líder do setor de energia da PwC Brasil, diz que fontes limpas deixaram para trás as antigas preocupações de viabilidade econômica.
O estudo também aponta que as empresas especializadas em geração renovável obtiveram desempenho superior ao das companhias baseadas em combustíveis fósseis, tanto em múltiplos de mercado quanto em retorno médio e estabilidade nos resultados.
Bom para a firma e para o ambiente
Ele destaca que a valorização das empresas com renováveis no portfólio “é importante não só para os negócios, mas também para o planeta”.
Apesar do bom desempenho, as fontes fósseis ainda apresentam maior crescimento em alguns mercados devido à preocupação com segurança no abastecimento global.
Já companhias menores e mais especializadas, com estratégias ágeis e maior flexibilidade, apresentaram melhor precificação e crescimento, enquanto as grandes e integradas mantêm resultados mais sólidos.
Bicombustíveis entram como ingrediente chave
O levantamento também destaca que a evolução tecnológica tem tornado as fontes renováveis mais acessíveis e confiáveis, com avanços em soluções como baterias e biocombustíveis.
Ao mesmo tempo, fatores externos, como a regulação do carbono e conflitos internacionais, têm provocado instabilidade nos preços dos combustíveis fósseis, reforçando a importância da diversificação energética.
“Ter um portfólio completo e integrado de renováveis e não renováveis é fundamental para garantir resiliência em tempos de crise, como vimos na pandemia e em conflitos recentes”, conclui Correia.
