Empilhadeiras elétricas conquistam novos nichos

Empilhadeiras elétricas conquistam novos nichos

Muito além dos galpões de centros de distribuições, as empilhadeiras elétricas conquistam novos nichos e devem continuar na mesma tocada para a Research and Markets.

A agência diz que o mercado de empilhadeiras elétricas deve passar US$ 97 bilhões até 2030, com destaque para a adoção em setores que exigem precisão operacional.

Humberto Mello, diretor da Tria Empilhadeiras, marca de equipamentos para manuseio e transporte de cargas, explica: “Ambientes como armazéns de grãos, frigoríficos e fábricas de alimentos têm exigências muito específicas quanto à higiene, segurança e emissão de poluentes. Empilhadeiras elétricas atendem a essas necessidades com maior eficiência que os modelos a combustão”.

Alimentício e campo têm empilhadeiras elétricas

Portanto, na indústria de alimentos, por exemplo, há um movimento crescente de substituição de empilhadeiras a gás ou diesel por modelos elétricos. Isso vale especialmente para segmentos como laticínios, bebidas e produtos congelados.

Com isso, a substituição tem sido estimulada, inclusive, por auditorias e certificações internacionais de qualidade e sustentabilidade. Outro relatório da P Market Research, sobre empilhadeiras elétricas multidirecionais, mostra que o setor de Alimentos e Bebidas está entre os principais responsáveis pela adoção desses equipamentos.

Modelos podem ser recarregados entre os turnos

Além da redução nas emissões de CO₂, os modelos elétricos proporcionam menor custo de manutenção e maior vida útil em ambientes controlados.

Isso se reflete diretamente na produtividade das operações logísticas e industriais, uma vez que essas máquinas não emitem gases ou resíduos, o que é crucial em setores nos quais a contaminação precisa ser zero.

No campo, o cenário também está mudando. Embora o agronegócio seja historicamente associado a máquinas robustas e movidas a combustíveis fósseis, muitas cooperativas e empresas de armazenagem já estão investindo em soluções elétricas para movimentação de grãos, fertilizantes e insumos.

Empilhadeiras elétricas conquistam novos nichos como as da Tria
Empilhadeiras elétricas conquistam novos nichos como as da Tria

Exportador de café aderiu empilhadeiras elétricas

A Tria Empilhadeiras, por exemplo, está acompanhando esse movimento com um cliente, que está entre os maiores exportadores de café do Brasil, e que está substituindo as empilhadeiras a GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).

“Outro fator que impulsiona essa transição é o avanço da tecnologia de baterias de íon-lítio, que permite maior autonomia e carregamento rápido. As baterias modernas exigem menos manutenção e têm ciclos de vida mais longos. Isso torna a operação mais eficiente e previsível, reduzindo o tempo de máquina parada”, diz o diretor da Tria.

Setor de logística também está otimista

Segundo dados da Associação Brasileira de Logística (Abralog), cerca de 35% das empresas do setor logístico já utilizam algum tipo de empilhadeira elétrica em sua frota, e esse número deve crescer nos próximos anos.

“O investimento inicial pode ser mais alto, mas o retorno vem em pouco tempo, tanto em economia operacional quanto em benefícios ambientais e reputacionais. E não podemos deixar de lado a questão sustentável com incentivo à descarbonização da indústria e exigências sanitárias mais rígidas. É uma transformação de mentalidade”, conclui Humberto Mello.

Vale dizer que as empresas que buscam certificados de redução de emissões de CO2 nas suas operações precisam recorrer a captação e armazenamento de energia limpa.

Empilhadeiras elétricas conquistam novos nichos como as da BYD
Empilhadeiras elétricas conquistam novos nichos como as da BYD

Fabricante de vidro substituiu empilhadeiras GLP

Em 2021, a O-I Glass fechou parceria com a BYD para substituir 100% de empilhadeiras, rebocadores e transpaleteiras por veículos com bateria de lítio em todas as suas quatro plantas no Brasil.

Afinal, uma empilhadeira elétrica trabalhando 13 horas por dia reduz em liberação de gases do efeito estufa o equivalente a 257 árvores em 1 ano. A mudança está dentro da meta global de reduzir em 25% suas emissões até 2030.

Atualmente, a O-I Glass possui 84 veículos industriais da BYD, de até 5 toneladas, distribuídos em suas quatro fábricas de embalagens de vidro. No Brasil, a empresa evitou a emissão de 18.663 toneladas de CO₂, o que equivale ao plantio de 130.431 árvores, utilizando as novas empilhadeiras.

Sustentabilidade para fazer e levar o vidro

“O vidro é o material mais sustentável para embalagens de alimentos e bebidas, pois pode ser infinitamente reciclável. Mas, além disso, olhamos todos os dias para os nossos processos a fim de identificar oportunidades de tornar nossa produção ainda mais limpa e segura”, comenta Marco Aurelio Mazario, gerente de Logística da O-I Glass.

Em Recife (PE), por exemplo, a adoção de 15 equipamentos resultou na redução de 3.264 toneladas de CO₂, o que corresponde ao plantio de 22.848 árvores.

Já em Vitória de Santo Antão (PE), os 5 equipamentos evitaram a emissão de 1.169 toneladas de CO₂ ou o plantio de 8.181 árvores. Em São Paulo (SP), com a aquisição de 46 equipamentos, a O-I Glass reduziu 10.315 toneladas de CO₂, correspondendo a 72.205 árvores.

Por fim, no Rio de Janeiro (RJ), a unidade evitou a emissão de 3.885 toneladas de CO₂ com 18 equipamentos, igual 27.192 novas árvores.

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