O Brasil registrou a 2ª maior safra de cana-de-açúcar no ciclo 2024-2025, com 676,96 milhões de toneladas. Portanto, o resultado é 5,1% menor na comparação com a safra anterior de 2023-2024. Os números são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A queda aconteceu porque no centro-sul, que concentra 91% da produção nacional, foi marcado por pouca chuva e altas temperaturas. Com isso, o etanol teve redução de 1,1%, produzindo 37,1 bilhões de litros do álcool e o açúcar teve redução de 3,4%, produzindo 44,1 milhões de toneladas.
Brasil tem 2ª maior safra de cana com 677 milhões de toneladas
Em contrapartida, a produção de etanol de milho cresceu 32,4%, atingindo 37,2 bilhões de litros do álcool. Logo, um aumento de 4,4% na comparação com a safra anterior.
Nas exportações, o açúcar se manteve estável em 35,1 milhões de toneladas, apesar da queda de 8,2% na receita, devido aos menores preços internacionais. Porém, o volume de etanol caiu 31%.
Outra justificativa para a queda ficou por conta das queimadas nos canaviais. Elas afetaram de forma negativa o desempenho das lavouras, deixando a produtividade menor.
De acordo Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da UNICA, “apesar da redução da moagem em comparação com a safra anterior, que já era esperada, a safra 2024/2025 registrou a segunda maior moagem na história do Centro-Sul, além de registrar um novo recorde na fabricação de etanol”.
Por fim, apenas o Norte teve um leve aumento da produtividade. Com isso, no panorama nacional da produção de cana-de-açúcar, o Sudeste liderou com quase 65%, seguido do Centro-Oeste com 21,5%, Nordeste com 8%, Sul com 4,9% e Norte com 0,6%.