Balanço da ONS surpreende para o bem e projeções agradam

Balanço da ONS surpreende para o bem e projeções agradam

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou balanço, com surpresas e projeções animadoras para o Sistema Interligado Nacional (SIN).

Ou seja, o balanço destacou que o período úmido foi marcado por chuvas irregulares e inferiores aos padrões históricos. Com isso, a condição levou o ONS a adotar medidas operativas que preservassem os recursos hídricos.

Primeiro semestre foi marcado por irregularidades, mas com níveis superiores

Logo, as ações permitiram que o SIN e três subsistemas (Sudeste-Centro-Oeste, Nordeste e Norte) encerrassem o semestre com níveis de armazenamento superiores.

No caso da região Sul, ela registrou afluência em níveis menores que os demais, exigindo uma atenção especial tanto no atendimento das demandas.

Porém, o primeiro semestre também teve sucessivos recordes na demanda máxima de carga, motivados por ondas de calor em diversos estados.

ONS diz que estratégia ficou dentro do esperado

“É importante avaliar a operação nesses primeiros seis meses do ano. Os meses de junho e julho são períodos de transição. Saímos de um momento em que pudemos armazenar água e esse recurso vai ser usado até o início do próximo período úmido. Os resultados da estratégia adotada estão dentro do esperado e estamos preparados para o período seco com situação de armazenamento que nos permite proteger o atendimento em 2026 com uma menor dependência da qualidade do próximo período chuvoso”, explica Christiano Vieira, diretor de Operação do ONS.

Planejamento da ONS destaca a importância das hidrelétricas do Sul

“As baixas afluências no último período úmido afetaram os níveis de armazenamento e impactam no atendimento à potência. Neste sentido, a recuperação do subsistema Sul é importante pelo papel da região no atendimento à ponta de carga, em particular entre setembro e dezembro, quando a demanda no período de ponta noturna exige o uso de fontes despacháveis e de rápido acionamento. As usinas hidrelétricas do Sul são essenciais para essa operação”, destacou o diretor de Planejamento do ONS, Alexandre Zucarato.

Ou seja, foram apresentados os resultados para nova configuração do Sistema Especial de Proteção (SEP) da subestação Xingu, na região Norte.

“O ONS vem estudando e apresentando soluções que contribuem para a redução das restrições de geração renovável. A implantação dessa medida permite um aumento de até 1.500 MW no escoamento da energia gerada por fontes renováveis não-hídricas no período noturno do Nordeste para o Sudeste-Centro-Oeste e para o Norte”, explica o diretor-geral do ONS, Marcio Rea.

Planejamento da ONS destaca a importância das hidrelétricas do Sul

O ganho de intercâmbio do Nordeste para o Sudeste-Centro-Oeste pode ser de até 900MW e o do Nordeste para o Norte de 600MW, no período noturno.

Ou seja, esse incremento entrará em operação no próximo mês. Além disso, o ONS prevê concluir até o final de julho deste ano a implementação de um segundo ajuste no SEP dos Bipolos do Xingu, cuja eficácia é maior no período úmido.

ONS espera exigir menos das termelétricas

A medida poderá também diminuir uma eventual necessidade de uso de termelétricas, já que é neste horário que atualmente há a maior necessidade de potência para atender a carga.

O aumento do fluxo de energia do Nordeste também pode contribuir para aumentar a transmissão de energia eólica na safra dos ventos de 2025, que está prestes a começar em julho.

Brasil vai ganhar mais quatro linhas de transmissão

Os técnicos da ONS também indicaram obras e ações previstas para o segundo semestre que poderão contribuir para mitigar as restrições de geração.

Ainda em 2025, está prevista a conclusão de quatro linhas de transmissão, que terão impacto positivos em diferentes fluxos de intercâmbio de energia do SIN.

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