A Binatural, empresa especialista na produção de biodiesel, anunciou o uso do coco de piaçava como biomassa para o aquecimento de caldeiras.
“Essa parceria com a Coopafbasul é a materialização de um modelo de negócio que acredita no poder da inovação sustentável com inclusão social. Estamos valorizando um recurso até então desperdiçado, impulsionando o desenvolvimento local e promovendo energia limpa e renovável em escala industrial”, afirma André Lavor, CEO e cofundador da Binatural.
Produtora de biodiesel usa biomassa de coco para aquecer caldeiras
Após os testes bem-sucedidos, a planta industrial passou a usar como substituta da lenha a matéria-prima antes descartada depois da extração das fibras da piaçava.
Com isso, o coco de piaçava demonstrou alto poder calorífico, otimizando a eficiência das caldeiras com ganho de produtividade, redução de custos operacionais.
Biomassa de coco é usada para aquecer caldeiras
Logo, além do ganho industrial, o impacto social da iniciativa é expressivo. Com investimento de R$ 562 mil no contrato vigente, a Binatural garante a compra de 200 toneladas anuais de coco de piaçava.
Embora existam estudos acadêmicos sobre o uso do coco de piaçava como fonte energética, não há registros de sua aplicação em escala industrial.
Com isso, a Binatural se posiciona como pioneira na utilização da biomassa de piaçava em caldeiras de usinas de biodiesel, reforçando seu papel na transição energética.
Veja outras frentes de utilização sustentável
portanto, a ação se soma a outras frentes da empresa voltadas à valorização de resíduos agrícolas, como o uso da casca do baru em caldeiras e o reaproveitamento de óleo de cozinha usado (UCO) como matéria-prima do biodiesel.
Ou seja, essas iniciativas evidenciam como a indústria de biocombustíveis pode atuar como vetor de transformação social e ambiental no Brasil.
Além do biodiesel, a Binatural também produz glicerina, ácido graxo e borra, distribuídos nacionalmente e, no caso específico da glicerina, também exportada para diversos países.