Estudo sobre o futuro da indústria nacional apontou as 16 profissões que devem estar entre as mais procuradas pelo setor. No levantamento elaborado pelo Observatório Nacional da Indústria, vinculado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), os pesquisadores apontam cenário para dez anos.
Conforme o superintendente do observatório, Márcio Guerra, funções operacionais e repetitivas tendem a desaparecer, dando lugar a ocupações mais analíticas, criativas e interdisciplinares.
“Os trabalhadores atuais vão precisar se adaptar de forma contínua, desenvolvendo habilidades como fluência digital, análise de dados e resolução de problemas complexos”.
Profissões do Futuro: São oito ocupações para nível técnico e oito de superior
Profissões do futuro de Nível técnico:
1. técnico em microrredes e energias renováveis
2. técnico em cibersegurança industrial
3. técnico em manufatura aditiva (impressão 3D)
4. técnico em manutenção preditiva
5. técnico em internet industrial das coisas (IIoT) e conectividade industrial
6. técnico em operação de robôs e drones autônomos
7. técnico em realidade aumentada/virtual (RA/RV)
8. técnico em sensoriamento remoto e geotecnologias
Nível superior
1. gerente de inovação aberta e colaborativa
2. gestor de sustentabilidade e economia circular
3. especialista em gêmeos digitais (réplica virtual de um objeto ou sistema) e modelagem virtual
4. especialista em governança algorítmica e ética digital
5. cientista de dados industrial
6. engenheiro de machine learning e IA (inteligência artificial) industrial
7. engenheiro de edge computing
8. arquiteto de soluções blockchain para cadeia de suprimentos
Das profissões listadas, o observatório estima que, em 10 anos, cerca de 60% das indústrias demandarão técnico em cibersegurança industrial e, 50%, de profissionais em microrredes.
Tecnologias emergentes
Entre as tecnologias que ganharão terreno nas indústrias nos próximos anos, o estudo cita inteligência artificial, internet industrial das coisas, gêmeos digitais, blockchain, manufatura aditiva e realidade aumentada, entre outras.
Os pesquisadores consideram que a implementação e o uso de tecnologias emergentes exigem um novo conjunto de habilidades dos trabalhadores.
“Não se trata apenas de operar máquinas e equipamentos, mas de compreender os sistemas que as conectam, de analisar os dados que elas produzem e de tomar decisões baseadas em evidências”, diz Guerra.