Quanto custa um boneco inflável ligado na tomada

Quanto custa um boneco inflável ligado na tomada

Você já deve ter visto um boneco inflável balançando nas avenidas com a ideia de chamar a atenção dos clientes. Porém, é difícil imaginar que você já tenha pensado o quanto esse tipo de anúncio gasta de energia elétrica?

Durante a COP30, realizada em Belém (PA), foi registrada uma performance artística que envolveu pessoas trajadas como animais rastejando. Ela aconteceu na chamada Green Zone, pavilhão da sociedade civil, e os atores vestiram-se como diversos animais. Entre eles estavam sapo, camelo, tatu, tartaruga, zebra, bicho-preguiça, macaco, urso-polar, entre outros. A ideia acabou gerando reações distintas: elogios pela criatividade e críticas quanto à adequação do evento, aparentando ser mais “show” e menos debate climático.

Os bonecos de postos são semelhantes, servem para chamar a atenção e também para jogar energia fora. Eles funcionam com um ventilador elétrico instalado na base que mantém o tecido inflado e em movimento. O consumo de energia depende da potência do motor, do tempo de uso e da tarifa cobrada.

Curupira na COP30
Curupira é o mascote da COP30

Quanto custa manter um boneco inflável na tomada?

Um modelo típico de boneco de posto utiliza um motor bivolt, que pode operar tanto em 127 quanto em 220 volts. A potência varia conforme a tensão: são 650 watts em 127 volts e 550 watts em 220 volts. Ele trabalha a uma rotação de aproximadamente 1.650 rpm e tem vazão de ar de até 6.000 metros cúbicos por hora, produzindo um nível de ruído em torno de 72 decibéis.

Ou seja, os números mostram que o boneco depende de um motor relativamente potente para manter o fluxo de ar constante, o que garante o movimento característico que chama atenção nas calçadas e fachadas.

Em termos de consumo elétrico, o gasto é considerável. Um modelo de 650 watts, ligado por cerca de oito horas diárias, rotina comum em lojas e postos de combustível, consome aproximadamente 5,2 quilowatts-hora por dia. Ao longo de um mês de funcionamento contínuo, esse valor chega a 156 quilowatts-hora, o que representa um custo mensal médio entre R$ 120 e R$ 140, dependendo da tarifa de energia da região.

Qual o preço médio de um boneco inflável?

Os bonecos de posto completos, com motor e tecido personalizado, custam entre R$ 800 e R$ 1.500, dependendo do tamanho e da qualidade do ventilador. Modelos simples (com até 4 metros) custam menos, enquanto versões maiores, com 6 a 8 metros e tecido reforçado, podem ultrapassar R$ 2 mil.

O motor pode ser adquirido separadamente por cerca de R$ 400 a R$ 700, e o boneco (sem o soprador), por R$ 300 a R$ 800, conforme o design e o material.

 

Infláveis para pontos comerciais

Qual a história do boneco inflável?

O boneco inflável tem origem nos Estados Unidos, durante os anos 1990. A ideia nasceu como parte de um projeto artístico do canadense Peter Minshall, em parceria com o engenheiro Dor Ho para a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Atlanta, em 1996.

As figuras gigantes de tecido, infladas por ventiladores, chamaram tanta atenção que acabaram inspirando versões menores para uso comercial, especialmente em concessionárias de carros, postos de combustível e eventos de rua.

No Brasil, os bonecos começaram a aparecer nos anos 2000, inicialmente importados, e logo ganharam produção nacional. Hoje, são fabricados em várias cidades e se tornaram símbolo popular de promoção em comércios locais.

Diferença entre boneco de posto e espantalho

Apesar de terem aparência parecida à primeira vista, ambos são figuras humanas em tamanho real, agitadas pelo vento. O boneco de posto é uma ferramenta de marketing, já o espantalho, uma forma tradicional de proteção agrícola. Enquanto o primeiro “dança” graças ao vento artificial produzido por um ventilador potente, o segundo depende do vento natural e da criatividade do agricultor.

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