Brasil tem queda de 1,4% no consumo de energia em agosto

O Brasil desperdiça 14% de toda a eletricidade gerada.

O Brasil teve queda de 1,4% no consumo de energia em agosto na comparação com 2024. Quem aponta é a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O período totalizou 66.632 megawatts médios (MW médios).

O volume representa uma retração de 1,4% quando comparado com o período homólogo. Já em relação a julho, houve aumento de 1%, interrompendo a sequência de cinco meses em queda.

A CCEE analisa separadamente dois mercados. A demanda chegou a somar 37.333 MW médios no ambiente regulado, tradicional pelo fornecimento de energia via distribuidoras locais, no qual estão a maioria dos consumidores residenciais. No segmento, a queda foi de 1,2%.

No mercado livre, em que é possível escolher o fornecedor com base em critérios como preço e fontes de geração, foram utilizados 29.299 MW médios, uma redução de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

 

Após registrar o pico de consumo em fevereiro, a chegada do outono e inverno, estações frias do ano, explicam a queda nos indicadores. Nesta época é comum os consumidores utilizarem com menos frequência seus equipamentos de refrigeração, como os ar-condicionados e ventiladores.

Já o crescimento em agosto indica a chegada da primavera, prevista para o final de setembro, mas com impactos climáticos registrados no mês.

Setores da economia que mais consumiram energia em agosto

O consumo dentro dos 15 ramos de atividade econômica analisados pela Câmara ajuda a explicar as retrações no ambiente livre. O levantamento aponta que, em agosto, os setores de Saneamento (2,9%), Minerais Não-Metálicos (0,7%) e Transporte (0,5%) lideraram os avanços no comparativo anual.

Por outro lado, Telecomunicações (-5,6%) e Químicos (-5,1%) foram as retrações mais expressivas.

Ao todo, foram nove os ramos econômicos em queda, com destaque para Serviços (-5,0%) entre as maiores reduções. O setor composto por shoppings e outros grandes estabelecimentos comerciais representa a maior parcela de consumidores no mercado livre e sua atuação tímida no mês ajuda a justificar a retração deste ambiente em relação a 2024.

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